Tem-se também o registro de empregos das "obsidianas", produto vítreo natural, proveniente do resfriamento rápido das lavas vulcânicas. Estas "obsidianas" foram usadas especialmente como objetos cortantes ou pontas de lanças e flexas.
Os vidros mais antigos que se tem notícia foram encontrados na região da mesopotâmia (Siria) e datam de 2500 AC..Eram fragmentos de vidro azul.
A industria vidreira, começou cm a vinda de vidreiros da Ásia, capturados por Tumés III, faraó egípcio. A industria do vidro era tão importante que os vidreiros eram vigiados e recebiam tratamento especial. A industria vidreira egípcia alcançou seu apogeu entre 1.587 /1.327 AC.
Na época inicial a técnica usada era o núcleo de areia onde a peça era trabalhada em volta de uma espécie de forma de areia. Quando o trabalho estava concluido, a forma era eliminada.
Após a vara de soprar foram fabricados potes, garrafas e unguentários, que eram considerados objetos de luxo.
Os romanos desenvolveram a arte vidreira produzindo peças de rara beleza. Séculos de produção e aperfeiçoamento fez dos romanos e depois da Itália, o principal centro de produção vidreira.
Era de tanta importância esta fabricação, que por volta do séc. XII DC., os mestres videriors eram vigiados e confinados em uma ilha que situa-se próxima a Veneza (Ilha de Murano). De lá não podiam sair para que não transmitisse seu precoso conhecimento. Aqueles que tentavam escapar eram condenados à morte, assim como, toda a sua família. Poré , aqueles que cinseguiam fugir eram considerados mestres nos outros países e acolhidos com muitas honrarias.Os vidreiros de Murano, por muito tempo, buscaram a transparência do vidro que foi obtida por um homem chamado Angelo Barovier, membro de uma conhecida família de vidreiros de Murano, por volta de 1450 DC. Foi então, prodizido o "Cristalo", produto tão puro quanto o Cristal de Rocha.
Com o tempo, outros centros produtores foram se formando cada qual com as suas caracteristicas e peculiaridades de produção.
Na regiao da Boêmia, por exemplo, produz-se cristais de diversas cores, com uma pureza, transparência e lapidação tão perfeitas que desde o século XVI tronou-se mundialmente conheciso. O termo "cristais da boêmia" é aplicado a toda fabricação de cristais tchecos e alemães.
Em 1673, George Ravenscroft, na inglaterra, cria o cristal de chumbo. Este material apresenta uma pureza inigualável reproduzindo com perfeição o Cristal de Rocha. Este é o produto que é chamado de "cristal" e até hoje os cristais são identificados por uma inscrição que diz PB 25% de chumbo na composição.
No final do século XVIII (período neoclassico) surgiu na França a cristaleira SAINT LOUIS, outro nome de prestígio no mundo todo.
Por volta de 1848, Louis Confort Tiffany fundou a Tiffany & Company, nos Estados Unidos, produzindo os famosos abajures de cúpula de vidro irisado e extensa linha de objetos.![]()

No início do século XX, surge o francês René Lalique com peças ao estilo Art Deco. Foi o autor de muitos vidros de perfumes famosos como Nina Ricci
No Brasil tivemos uma renomada fabricação de cristais lapidados. A fábrica baiana Fratelli Vita funcionou de 1920 a 1962 produzindo cristais de alta qualidade, pureza e sonoridade, José Vita, seu fundador, atingiu um grau de qualidade admirado em todo o mundo, especialmente pela sonoridade que seus cristais produzem.
Sabe-se que os cristais Baccarat alcançam, em média, 27 vibrações por segundo. A sonoridade dos cristais Fratelli Vita, em média 37 vibrações. Dependendo do teor de chumbo, que confere a pureza do cristal, pode-se chegar a 81 vibrações por segundo, o que causava assombro nos especialistas nas exposições internacionais que participava.
Elevado teor do chumbo exige temperaturas muito altas que faz com que as paredes internas dos fornos desintegrem lançando microscópicas partículas de areia sobre as peças. Portanto, somente 20% da produção era aproveitada para lapidaçãoPor esse motivo, houve uma invibialização econômica do produto determinando o fechamento da industria.
Em 1967, foi criada na Inglaterra, o Royal College of Art com o primeiro curso para vidreiros. Tem-se então, pela primeira vez, na história do vidro, o conhecimento formal desta arte, tão antiga quanto a história do homem.